28 November 2008

tudo bem em Palolem






Temos passado a ultima semana numa aldeia de pescadores e "empresarios" de ocasiao: ao longo de uma imensa baia as cabanas espreitam entre os coqueiros - para la da linha da frente uma selva que sobe as montanhas -, e alguns "restaurantes" avancam com mais audacia sobre o areal que ao fim do dia, quando a mare baixa, se transforma num campo de cricket, desporto nacional.
A essa hora, e quando o calor ja nao e tanto ha uma especie de peregrinacao dos "inquilinos" temporarios ate uma pequena baia adjacente, anfiteatro natural, para assistir a cada por do sol mais lindo que o anterior. No caminho cruzamo-nos com as mulheres dos pescadores, que entram na agua com os seus saris coloridos para se despedirem, e "refrescar acidentalmente".
Ha vacas por todo o lado, e como divindades que sao passam o dia deitadas ao sol ou a caminhar lentamente, quando nao vao ao mercado servir-se de fruta, ou se estacionam caprichosamente no meio da unica estrada de alcatrao.
Na vila ja nos chamam pelo nome e um gato e assiduo no nosso alpendre. A noite ouve-se musica baixinho e as ondas a rebentar, som de que tinhamos saudades, e que por outras paragens nao soava tao familiar porque ate agora todos os mares pareciam piscinas.
Estranhamente nao ha muitas estrelas no ceu, nos que julgavamos terem sido elas a trazer as caravelas ate aqui. Mas sobre as mesas postas na areia ao longo de toda a praia, e a volta delas em covas, cintilam velas, milhares.
Todos os dias dizemos amanha vamos embora, mas quando acordamos deixamo-nos ficar. Sem dar por isso 3 dias transformam-se em 7...

27 November 2008

post it (2)


Esta tudo bem aqui em Goa... pelo menos estava ate recebermos noticias de casa esta manha, e pelo numero de chamadas que tinhamos por atender. Bombaim ficou para tras ha uma semana, e ja nao iamos passar por la a caminho das cidades mais a norte, zona que tinhamos previsto explorar desta vez.

Agora e questao de esperar para ver se e seguro continuar. Pelo menos Chandigarh, esta fora de questao, em plena Cachemira em vesperas de eleicoes... enfim. Ja sabiamos que a viajar e impossivel seguir planos, mas uma coisa e o comboio nao partir ou nao haver bilhetes, ou ate cair uma chuva diluviana como aconteceu no vietnam, outra e ver todos os pontos em torno dos quais desenhamos as nossas rotinas ha dias, brutalmente atacados. Utilizamos o aeroporto para chegar, dormimos colados ao Taj, fomos ao Leopold almocar, e quase ao cinema ver o 007. Para aqui chegar usamos a Chhatrapati Shivaji para apanhar o comboio, surreal.

As imagens que captamos estao tao longe das que acompanham as noticias de hoje, e o desanimo tomou conta de nos. Por outro lado sabe bem estar a salvo e acho que estamos no melhor lugar possivel para esperar, onde nem as mas noticias chegam mais depressa que de Portugal.


23 November 2008

Panjim





E impossivel que Panjim nao toque o coracao de qualquer portugues que por aqui passe. A lingua ainda se fala, ha o cafe Matias, a pousada do Afonso - que responde "ora essa!" quando lhe agradecemos por qualquer coisinha-, a mercearia Menezes com bolacha maria nas prateleiras e chupa-chupas em frascos sobre o balcao... ha missa em portugues e pao, que para nossa surpresa depois de tentar "bread" por nao sabermos falar konkani se diz pao! E o sabor e o mesmo ou mais especial ainda por estarmos tao longe de casa. Mais as casas, mil e uma igrejas brancas no meio de palmeiras, pequenos largos e ate as feicoes das pessoas. As cores sao diferentes, da pele e das fachadas, mas tao familiares que ate emociona. A cada esquina podemos virar e encontrar pedacos de vilas de portugal.
Para mim este era um dos destinos mais aguardados desta viagem, talvez o mais de todos porque aqui se escreveu a historia da minha familia por mais de 10 geracoes. Queria chegar e visitar a Igreja da Imaculada Conceicao onde sabia terem-se celebrado casamentos, e outras cerimonias que se nao tivessem acontecido eu nao existia. Sabia que depois de subir a penosa escadaria - como a do Bom Jesus! - debaixo de uns 40 graus, com o sol das 3 da tarde a reflectir na enorme fachada tao imaculada como a Santa, haveriamos de ser recompensados. A porta estava fechada e a espera de meia hora a sombra ja seria bom o suficiente, mas uma vez la dentro tive uma boa surpresa, ha muitos anos ali a espera, uma historia comprida demais para agora.
Por tudo isto ou apenas porque ao fim de algum tempo a viajar soube bem estar em "casa" foi dificil seguir viagem como em qualquer despedida, mas como decidimos voltar de certeza, depressa a ideia de uns dias na praia fez-nos sorrir e entrar num autocarro para "voltar a india", antes que ja nao tivessemos lugar la dentro.

20 November 2008

a porta da india






Voamos de Phuket para Bangkok, dormimos 6 horas no aeroporto e a terceira foi de vez: deixamos a tailandia e chegamos a india, a Bombaim.
Toda a gente diz isto e aquilo, mas na verdade acho que nunca se esta preparado para aqui chegar, por muito que se tenha sonhado com este destino. Nao falo dos cheiros ou das coisas mais evidentes e comuns a todos os relatos. O choque cultural e brutal, mesmo numa das cidades mais ocidentalizadas do pais. Tambem nao nos aconteceram episodios traumaticos, J. nao foi assaltado, nem eu fui assediada por ninguem!, mas todas as pequenas coisas sao tao diferentes, que o todo nao se digere com facilidade. A viagem de 30 Km, de taxi, entre o aeroporto e o Salvation Army, onde decidimos ficar por ser um "quartel" de viajantes - onde melhor que nos guias, a informacao flui na primeira pessoa -, durou 2 horas no meio de um transito sem regras, com automoveis encostados uns aos outros separados por escassos centimetros, na maior parte do percurso apenas 1. Todos os taxis tem um "altar" no tablier, e todos os taxistas confiam que independentemente do grau de perigo de cada manobra (que inclui desvios de um alguidar onde alguem se banha no meio da estrada, ou uma vaca estacionada), ou da constante eminencia de um choque frontal, que o seu destino esta nas maos de deus. E o nosso?
Passamos por bairros de lata, estacoes de comboio, edificios dos anos 50, bairros burgueses, chegamos a "Gate of India", e nas trazeiras do Taj - o mais carismatico e glamoroso hotel da cidade, com boutique luis vuiton e tudo -, estava a nossa espartana morada, um refugio para desalojados. Uns nao pagam nada, outros pagam cerca de 3 euros com refeicoes incluidas. Valeu a pena, conhecemos montes de gente sedenta de calor humano e actividades que fizessem lembrar os mundos que tinham deixado ha meses ou para os quais estavam a voltar na manha seguinte. E o edificio era lindo, decadente mas de uma maneira bonita.
Os primeiros contactos com a gastronomia local tambem foram os melhores, sem os tipicos danos colaterais!, acho que estamos a ficar imunes, e ate ja nem bebemos agua mineral, vai mesmo "del cano" quando um copo nos e posto em cima da mesa, e o calor e insuportavel. Bombaim foi fundada pela casta dos distribuidores de agua e se a populacao que hoje a habita chega aos 15 milhoes -sem contar com os arredores- a consome diariamente, acho que tambem conseguimos sobreviver.

16 November 2008

maya, A praia







Nunca tinha imaginado vir as P.P. islands, para mim estavam na mesma categoria de destinos do Barco do Amor, como Acapulco ou Miami, cheios de honeymooners em de trajes de veraneio pouco confortaveis e padroes absurdos, cocktails , fatos de banho e saltos altos a beira das piscinas.
Por outro lado estar aqui tao perto e nao vir espreitar A praia, a do filme - principalmente depois de a viagem de Bangkok ate Phuket ter sido feita na "sala vip" de um "autocarro vip", com duas suecas e um casal de iranianos a assistir ao dito debaixo do ar condicionado mais potente que se possa imaginar, ou nao fosse a designacao VIP destinguir o facto de estes terem AC e os outros nao-, iria deixar uma curiosidade estupida. Tinhamos de ver com os nossos olhos o que fez a personagem do Di Caprio dizer ter encontrado a sua vocacao: a perseguicao do prazer! No filme parece mais especial, ali ainda parece coisa deste mundo. Gostamos de continuar a pensar que ha outras por descobrir ainda, em sonhos.
De regresso a Phuket decidimos passar uma noite no hotel On-On, o primeiro hotel do filme, onde o mapa para a ilha e deixado. Nao fica em Bangkok mas aqui no centro, num daqueles edificios chino-portugueses. O hotel existe desde os anos 20 e mantem a atmosfera, o mesmo lobby sem paredes, com ventoinhas lentas suspensas no tecto, balcao e escadaria de madeira... Curiosamente nada anuncia o seu "mediatismo" em letras gigantes ou neons, nem os precos estao inflacionados pelo facto de poder ser um destino de culto. Foi o primeiro hotel da vila e pode nao ter sido o melhor da viagem - os quartos nao foram alterados para o filme! -, mas foi o mais carismatico, e ao contrario d'A praia estava deserto.
Por aqui o que nao falta sao praias lindas, areias brancas, aguas transparentes, e estes dias tem sido acima de tudo divertidos e ate um pouco silly, no bom sentido. Vamos lembrar-nos da tailandia como um bom destino para viajar mas melhor ainda para passar ferias. Ate temos um album de fotografias tipico destes cenarios e um tom de pele feliz.

13 November 2008

phuket town




Depois da ilha dos elefantes e da segunda passagem por Bangkok decidimos experimentar a meca do turismo tailandez, na esperanca de encontrar o porque desse estatuto... e aconteceu. A vila que da o nome a ilha, longe das praias de poster de agencia de viagens e por isso menos procurada que Patong ou outras cidades-instantaneas agraceadas por uma areal ofuscante, e caotica e descaracterizada na maior parte das suas arterias, mas o centro -as vias mais antigas estao cheias de arquitectura chino-portuguesa, heranca dos caminhos abertos e trocas comerciais pos-descobrimentos-, a rebentar de tradicao e vida. Os mercados sao frescos e organizados, e os cafes e lojas alinham-se debaixo de arcadas muito "familiares", com a nossa escala, o nosso ritmo, a nossa sombra... e impossivel nao sentir que "ja tinhamos estado por ca", e por isso tao facil gostar da ideia de ficar por uns dias.


Viemos para assistir a festa da lua cheia de 12 para 13, que nao envolve raves na praia mas uma cerimonia bem mais popular e tao antiga que se celebra por toda a tailandia neste preciso mes - na noite mais importante do ano, a "mae" da que serve de pretexto para todos os meses os resorts e clubs de koh pha gnan lucrarem com o exotismo da coisa-, quando se pousam na agua cestos de flores com velas e incenso aos milhares, se lancam no ar baloes de ar quente que sobem devagar ate desvanecer no meio das estrelas. Tudo producao caseira, cheia de religiosidade e devocao. Ha um desfile, bandas a tocar, trajes tipicos de todas as cores, muito dourado e bling-bling, tambores e sininhos, comida de rua, megafones, ruas iluminadas com nenufares gigantes cor-de-rosa, muitos sorrisos... ao mesmo tempo uma paz incrivel. Perguntamos na pousada para onde todos iam festejar, e ter descido ate a baia foi ter encontrado uma noite que nao vamos esquecer.

12 November 2008

momento DISCOVERY





A "lagarticha" do lago em BK.
posted by xu

10 November 2008

123 ja ca estamos outra vez!









Novamente em Bangkok, e ainda bem. Gostamos de ca estar, e do facto de existirem tantas cidades dentro de uma so, mesmo que de noite a capital fique obcecada por sexo a ponto de vender bilhetes para combates de ping pong, que no minimo envolvem gente nua aos saltos e raquetadas, e no maximo nem quero imaginar nem J. quer explicar. Os mercados nocturnos iluminam toda a cidade e entre espetadas de frango, ananazes, ferragens, e pirataria audio visual, somos convidados a comprar DVDs, sem capa com imagens ou titulo hilariante que anuncie o conteudo, com a palavra sex escrita a marcador, tipo produto branco de hipermercado. Mas acho que faz parte dos encantos desta cidade e ninguem fica zangado quando dizemos que nao queremos comprar. O sorriso e mesmo a imagem de marca da hospitalidade tailandeza, que faz todo o tipo de turista se sentir benvindo. Este sorriso mascara a intensidade dos pecados praticados de dia e de noite por toda a cidade, da gula a luxuria, e cada amanhecer traz uma tranquilidade e sensacao de equilibrio raras numa metropole.
So tive pena de termos regressado num domingo a tarde quando o mercado Chatuchak, o maior do genero em toda a asia, ja estava a fechar portas nao dando hipoteses de uma segunda visita. Por outro lado ainda bem, que estamos a beira da falencia, mas mais vale aqui que em casa que tudo e mais baratinho, e a comida deliciosa. Qualquer barraquita de rua prepara uma refeicao com uma apresentacao primorosa, digna de um qualquer restaurante thai de luxo, a precos ridiculos. A fruta entao, e vendida ja preparada, sempre fresca, em saquinhos pret a porter... nao ha desculpas para nao comer as 5 por dia!
Sem as habituais correrias para ver tudo o que se pode em pouco tempo, porque o temos de sobra, ficamos contentes se tivermos um acontecimento diario, e dedicamos o resto a deambular pelas cidades ao acaso, orientados por rotinas muito semelhantes as que temos em casa. Ja chegamos a fase em que nos esquecemos da maquina fotografica. Mas hoje ate tivemos a sorte de a ter a mao quando durante o pequeno almoco a beira do lago do parque Lumphini emergiu um lagarto gigante do tamanho de um crocodilo, sem exagero feminino, e agrafou um pombo que devorou inteiro. Ali assim, do nada, aos nossos pes. O episodio nao perturbou a coreografia de tai chi que se fazia nas redondezas, e calculo que devem existir outras criaturas mais bestiais ainda, mas nao fizemos questao de ficar tempo suficiente para confirmar.
Antes de partir para sul fomos aos correios largar 10kg de bagagem. Decidimos enviar as coisas para casa de barco, que em tempo de crise pagar mais do dobro para mandar por aviao pareceu um excesso, e assim sobra mais para as massagens tailandesas. J. acha piada a minha maneira de pensar, que em primeiro lugar deveria ser lamentar o facto de ter trazido bagagem desnecessaria a tal ponto de termos de pagar para nos vermos livres dela, mas eu fico contente por nao ter de carregar com as coisas e ate fico tao feliz como se tivesse apanhado uma promocao. Ele ainda duvida que as coisas cheguem mas eu nao, ate porque puz dentro do caixote um bilhetinho ao Sto. Antonio para proteger os nossos pertences, poruqe nao sei qual a divindade responsavel pela proteccao dos correios e encomendas, e o querido S.A. e um santo romantico que nao vai querer ver uma discussao se daqui a 3 meses as coisas ainda nao tiverem chegado. E aposto que a minha mae concorda comigo, em tudo.

06 November 2008

bangkok - bang bao




Na tailandia o tempo nao nos tem desiludido, e a capital tem sido uma surpresa. Do Lub-d fizemos a nossa casa e e para la que vamos voltar por uns dias depois de abandonarmos a ilha onde estamos, Ko Chang, para nao corrermos "o risco" de nos tornarmos nuns eremitas.
Vimos as imagens de umas praias lindas num guia e tomamos a decisao de "andar para tras" para muito perto do camboja, e valeu a pena. Depois do ferry que de aproximou de uma selva flutuante, pedimos ao "taxi" para nos deixar na ultima vila, quando a estrada acabasse ja que nao da a volta a ilha. Bang Bao resume-se a umas dezenas de casas de pescadores sobre a agua empoleiradas ao longo de um pontao que termina num farol.
Apos meia hora de mochila as costas, por um trilho enlameado, e humidade pegajosa, chegamos ao nosso "resort". Sobre a encosta, num dos lados da baia e com vista para o nascer e para o por do sol, a nossa cabana com alpendre e rede, e o exemplo mais genuino do "hut" tailandes popularizado nos 70's pelos hippies. Claro que hoje, com um lounge sobre a baia, musica boa, e "catering", faz as delicias de um viajante sedento de uma experiencia destas. Mesmo assim, as luzes apagam-se as 22, e os barulhos da selva nao deixam dormir depois do sol nascer - a parte do adormecer tambem e qualquer coisa!-, e o que apetece logo cedo e um mergulho.
Ontem a noite fomos brindados por uma espectacular tempestade tropical, raios sobre o mar, rajadas de vento quente a agitar todas as folhas e ramos de arvore, ondas a bater mais forte na margem e o som brutal dos trovoes. As melgas nao apareceram. A cabana resistiu. Hoje esta um dia lindo.
Entretanto, aqui tao longe parece estranho que se passe alguma coisa no mundo, e o dia das eleicoes nos EU quase nos passou ao lado... este e o unico perigo destes lugares, esta alienacao a que nao estamos acostumados, mas que se adopta com muita facilidade. Acabamos por ver o directo da CNN por "acidente", quando tivemos sede e entramos num bar...
(este post e dedicado a nossa querida lobita que fez anos ontem, e que andou por paragens tailandesas ha pouco tempo. Aqueles trovoes todos afinal eram fogo-de-artificio...Parabens!)

05 November 2008

...Nha Trang, Mui Ne, Ho Chi Minh, The End...






Acabados de chegar a Bangkok sentimo-nos ainda inspirados apos a passagem pelo Vietnam, um pais mais cheio de excepcoes que regras, algumas dificuldades, paisagens unicas quase virgens, e outras altamente marcadas pela presenca de um povo curioso, optimista e sonhador cuja filosofia de vida parece ser "amor e uma cabana". E que cabanas!, no meio do verde de um tom inesquecivel.

Anda uma pessoa 10 anos a teorizar e practicar sobre a aparencia e a essencia, a construir raciocinios, conceitos para suportar escolhas e estrategias, embrenhada em "exercicios de estilo" e abstraccoes, em textos e imagens, complexidades e contradicoes. Viemos encontrar todas estas licoes de norte a sul. Como se uma cabana pudesse ser tudo isso!...

As mesmas 4 paredes, o pagode chines da lugar ao chalet de praia e de montanha dependendo da vontade de cada um. Usam a cor de um modo quase obsceno - mesmo que apenas na fachada principal, deixando as outras nuas ou mesmo ausentes; ha literalmente casas so com 2 paredes e um telhado, sem fachada para a rua deixando ver a paisagem por detras das figuras que a habitam-, as leis da gravidade sao constantemente desafiadas pelas varandas empoleiradas e pilares assustadoramente esbeltos, o ornamento rebuscado, actos de fe declarados. Tudo isto "porque sim", como se nos (i.e. os arquitectos) nao fossemos precisos, como se nunca tivesse havido necessidade de pensar sobre o assunto. E so uma casa... aceito - apesar de "porque sim" nunca ter sido resposta suficiente para atenuar as minhas inquietacoes-, ou simplesmente porque as vezes nao precisamos de muito, ou de quase nada, para "repousar". Ao mesmo tempo a vontade de continuar e maior ainda, e os cadernos vao cheios de frases soltas e esquicos, apontamentos para assegurar a memoria.
Ver tudo isto pela janela durante dias e chegar a uma praia quase deserta onde o sol finalmente brilhou, mesmo a tempo do aniversario do J., encheu-nos de coisas boas e fez esquecer tudo o resto. Mui Ne podia querer dizer muita coisa. Para nos disse..."yeah"!
E para perpectuar o sentimento a passagem por Saigao (Ho-Chi-Minh) foi curta - como as palavras deles que parecem silabas- mas muito agradavel, e a viagem de saida, igualmente boa. Uma hora e tal passou a correr e soube a pouco. Ate as casas de banho do aeroporto nos pareceram um luxo, e andar de aviao uma extravagancia mesmo que o voo tenha sido "a preco de saldo".
A "nossa ultima cidade" foi vista num percurso baseado n'O Americano Tranquilo a comecar no Majestic e a terminar na catedral, e na estacao de correios que ainda hoje parece saida do livro. O tempo nao chegou para grandes exploracoes, e o resto foi visto da janela do Taxi.


Como diz J., o Vietnam e Lin-Do, e eu concordo.

04 November 2008

Parabeeeens...obrigado :)






Obrigado a todos pelas mensagens de parabens que chegaram a este lado do mundo via telemovel, email, blog!...
Custou-me muito passar o dia de anos numa barraca onde que mal se sai da porta se fica com os pes cheios de areia, se nos apetece refrescar com um mergulho nao serve de muito porque o mar esta quente, se queremos comer qualquer coisa so ha marisco... esperem la... Brincadeira, o nosso pequeno almoco tomado as 7h00 (meia noite em Portugal) neste lugar, seguido de um mergulho, foi perfeito para assinalar a data.
Entretanto gostei de saber que se juntaram la em casa para festejar o meu dia de anos - obrigado pelo bolo de chocolate que vi em cima da mesa pelas fotos, no meio de voces todos tao palidos, ate parece que e inverno!-, e espero que tambem nao se tenham esquecido de deixar as prendas. Ponham na arvore de Natal! : )
Como prometido, aqui vao as fotos de Mui Ne com beijos e abracos para todos, e um especial para o Preco que hoje faz anos! ( afinal nao fazia, lol! mas dou-lhe os parabens na mesma e um abraco nunca e demais!!!)

posted by xu