07 October 2008

LX-Madrid-Helsinky-Beijing


30.09 08. Escala em Helsinky. Tempo para abrir o Routard China e desenhar uma estrategia - nao ha acentos! - para os proximos dias. Trocamos para um aviao maior, a maquina do tempo que haveria de transformar as 7 horas de voo em 14.


Por volta das duas da manha em Lisboa as imagens alucinantes do Speed Racer explodiam dos ecras suspensos e o sol nascia la fora. Pouco depois aterramos em Pequim. A morada do hotel indicava o distrito de Chaoyang: o bus4 servia.


Fomos largados no separador central de uma das circulares com pelo menos 4 faixas para cada lado, mais aquelas que os pequenos veiculos inventam pelo meio. Mar de buzinadelas, mochilas a raspar nos arbustos, gargalhadas. No meio do nevoeiro, entenda-se poluicao, avistamos uma passagem de nivel. La de cima tinhamos esperanca de ver o logo do hotel ou avistar algum ponto de referencia. Nada. Os Km2 de distrito, pelo menos 4 como viemos a saber mais tarde, alastravam-se e perdiam-se no horizonte limitado pela nuvem cinzenta. Sem norte, mas pelo menos estavamos fora de perigo.


Claro que ajudava ter um mapa, e J. ate tinha previsto situacao semelhante quando insistiu para trazermos um dos mapas do aeroporto ou para apanhar um taxi para o hotel, mas sem falar chines nao era solucao.


Passada uma boa meia hora e um longo silencio fomos salvos por uma ex-voluntaria dos Jogos Olimpicos que largou a filha e o marido no meio da rua, desfez-se em telefonemas, enfiou-se no nosso taxi... 3 horas depois de chegar ao aeroporto estavamos a fazer o check in (nova aventura, no english, etc). Abracamos a Lilian e pagamos o taxi que a levaria de volta para a sua familia.


Licao numero um: o optimismo tem limites. A comunicacao nao e facil. A vontade e muita mas raramente envolve o verbo. Faz-se por gestos, numeros comunicados pelo visor do telemovel, a falar em ingles ou em portugues porque vai dar ao mesmo, e muitos sorrisos, o ultimo quase sempre de alivio, mutuo.




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