10 October 2008

a "oeste" do paraiso



Sobrevivemos a mega estacao de Pequim, a imensa rede de salas de espera e plataformas, sem qualquer simbolo reconhecivel nem no pedaco de papel que guardavamos ha 4 dias, o bilhete.
Em Hangzhou encontramos outro mundo. Um grande jardim, uma cidade a volta de um lago, o lago de oeste, com passadeiras verdes a "flutuarem", linhas rectas de 2 Km. E pequenas ilhas, com pagodes. E pagodes no topo das montanhas. E barcos em forma de pagodes, mas isso e outra historia. Como continuamos no mesmo pais tudo e enorme, e a paisagem perdia-se no nevoeiro como nas imagens a tinta da china.
Marco Polo disse ser a cidade mais bela que visitou, e esse grande hippie andou por meio mundo no fim da idade media.
Um boost de oxigenio e paz. A cidade e tambem muito activa fisica e espiritualmente apesar de a media de idades parecer rondar os 80 anos. Em cada clareira um anciao a fazer tai chi, em cada pedra um a pescar, a tocar flauta - outros, sob luz da lua, tentam aprender e nao deixam dormir-, a pintar, cantar e tudo mais. Mas nem so de manifestacoes artisticas solitarias vive a populaco e a noite o cenario era outro: ajuntamentos epontaneos de praticantes de aerobica-danca-de-salao-electronica-sem-pares a volta de um leitor de CD's dos 300, com batidas super rapidas.
O melhor de tudo foi o hotel. Escondido - muito bem, e ao fim de um caminho de pedras ladeado de bambu-, no meio do jardim, uma villa tradicional impecavelmente restaurada e cuidada, com pateos interiores lindos, pequenos almocos como manda a lei, e prestaveis chinesas sorridentes com quem conseguimos finalmente trocar ideias.

1 comment:

Anonymous said...

Caros amigos! (sim que na 1ª saudação fui má e deixei o João de fora)

Adorei conhecer Hangzhou pelo teu blog! Esse ambiente do "hobbie" público é o que eu acho mais interessante! As pessoas a fazer tai-chi na rua! Em lisboa sabemos que a utilização dos espaços públicos é fraca, nomeadamente os jardins públicos que tirando os que fazem parte do roteiro dos turistas e os que são cenário das belas tardes de sueca; os que restam viram parque de estacionamento improvisado ou morada dos sem-abrigo. Estou a lembrar-me do jardim que fica na Praça da Alegria, p.ex...

Voltando ao teu texto, deve ter sido um bálsamo para o espírito ir para Hangzhou, depois da confusão de Pequim!!!! Que bom!

Ah! E sim o excesso de optimismo pode iludir algum bom senso. Mas o bom senso em excesso tb é um travão para o optimismo...

Se não fosse o teu optimismo às vezes a contrariar os meus excessos de bom senso, provavelmente nunca teria enviado um CV para Dublin ou Londres!

O teu optimismo torna-te na pessoa fascinante que és! :)

Vou continuar a seguir a vossa aventura!

beijinhos aos dois

AOutraWita