05 November 2008

...Nha Trang, Mui Ne, Ho Chi Minh, The End...






Acabados de chegar a Bangkok sentimo-nos ainda inspirados apos a passagem pelo Vietnam, um pais mais cheio de excepcoes que regras, algumas dificuldades, paisagens unicas quase virgens, e outras altamente marcadas pela presenca de um povo curioso, optimista e sonhador cuja filosofia de vida parece ser "amor e uma cabana". E que cabanas!, no meio do verde de um tom inesquecivel.

Anda uma pessoa 10 anos a teorizar e practicar sobre a aparencia e a essencia, a construir raciocinios, conceitos para suportar escolhas e estrategias, embrenhada em "exercicios de estilo" e abstraccoes, em textos e imagens, complexidades e contradicoes. Viemos encontrar todas estas licoes de norte a sul. Como se uma cabana pudesse ser tudo isso!...

As mesmas 4 paredes, o pagode chines da lugar ao chalet de praia e de montanha dependendo da vontade de cada um. Usam a cor de um modo quase obsceno - mesmo que apenas na fachada principal, deixando as outras nuas ou mesmo ausentes; ha literalmente casas so com 2 paredes e um telhado, sem fachada para a rua deixando ver a paisagem por detras das figuras que a habitam-, as leis da gravidade sao constantemente desafiadas pelas varandas empoleiradas e pilares assustadoramente esbeltos, o ornamento rebuscado, actos de fe declarados. Tudo isto "porque sim", como se nos (i.e. os arquitectos) nao fossemos precisos, como se nunca tivesse havido necessidade de pensar sobre o assunto. E so uma casa... aceito - apesar de "porque sim" nunca ter sido resposta suficiente para atenuar as minhas inquietacoes-, ou simplesmente porque as vezes nao precisamos de muito, ou de quase nada, para "repousar". Ao mesmo tempo a vontade de continuar e maior ainda, e os cadernos vao cheios de frases soltas e esquicos, apontamentos para assegurar a memoria.
Ver tudo isto pela janela durante dias e chegar a uma praia quase deserta onde o sol finalmente brilhou, mesmo a tempo do aniversario do J., encheu-nos de coisas boas e fez esquecer tudo o resto. Mui Ne podia querer dizer muita coisa. Para nos disse..."yeah"!
E para perpectuar o sentimento a passagem por Saigao (Ho-Chi-Minh) foi curta - como as palavras deles que parecem silabas- mas muito agradavel, e a viagem de saida, igualmente boa. Uma hora e tal passou a correr e soube a pouco. Ate as casas de banho do aeroporto nos pareceram um luxo, e andar de aviao uma extravagancia mesmo que o voo tenha sido "a preco de saldo".
A "nossa ultima cidade" foi vista num percurso baseado n'O Americano Tranquilo a comecar no Majestic e a terminar na catedral, e na estacao de correios que ainda hoje parece saida do livro. O tempo nao chegou para grandes exploracoes, e o resto foi visto da janela do Taxi.


Como diz J., o Vietnam e Lin-Do, e eu concordo.

4 comments:

me said...

É bom saber que festejam os meus anos em tal Paraiso.. wish I was there.. mas não..estou aqui, entre sol e chuva, vento e brisa.. mas feliz pq Voces, e não Eu, estarem no Saigão a cantar-me os Parabéns.. ou melhor.. cantaram, ontem, pq aqui já acabou ha ummas 11 hs.. ain.. nem se fala.. já devem estar quase a dia 7 de novembro.. E VIVA OS ESCOPIÕES!!!

darjeeling said...

bichi, o "teu post" ja esta publicado (mais acima)! Estamos em Koh Chang, e foi daqui que te enviamos a mensagem ;)
O blog esta sempre "um bocadinho" desactualizado, porque nem sempre temos net, ou oportunidade de descarregar as fotos da maquina... e sim, VIVA OS ESCOPIOES, lol.
bjs cheios de saudades e um abraco muuuuuuito apertadinho!

Anonymous said...

Coincidência ou talvez não, estou a reler o Americano Tranquilo...

darjeeling said...

moa, nao e coincidencia, sao aquelas coisas nossas... serendipity! um xi mto apertado cheio de saudades, e obrigada pelo "sinal" ;)
... e por onde anda a minha irma? quando anda muito calada anda a "tramar" alguma!